O Milagre Maior

O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil.
( Ef.4:28)

Os muçulmanos invadiram e se apossaram da cidade de Éfeso no ano de 1304 e com eles vieram novas punições e disciplinas severas. Um deles era cortar a mão do ladrão. Parecia um castigo apropriado, mas muito cruel. Hoje, coloca-se o criminoso na cadeia, mas freqüentemente o remédio paliativo só o afasta de circulação por um tempo. Quando se vê livre, volta a roubar. O problema real é que a mão que rouba é o instrumento do qual ele vive. Que fazer? A igreja tem uma missão gloriosa. Alcançar o indivíduo  marginalizado para uma mudança radical. Levar o ladrão a Jesus, que tem o poder de eliminar,  não as mãos, mas o hábito inaceitável de roubar os bens dos outros. Depois, arranja-se uma atividade remunerada, pouco que seja, mas digna, algo de útil, que pode ajudar a resolver o problema para sempre.

Rev. Adalgiso do Vale 

O Coração Humano

"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas e perverso; quem o poderá conhecer?"
Jeremias 17:9

Uma cesta de belas maçãs estava colocada numa mesa com uma etiqueta que dizia: ótima qualidade. Alguém, querendo prová-las,  pegou uma e ao abrir viu que estava completamente estragada por dentro.  Da mesma forma, uma bela aparência pode cobrir um coração enganoso. Às vezes, há pessoas que demonstram uma retidão de atitude, que têm vidas boas e parecem cristãs. Mas, sem Cristo no coração, qualquer semelhança a Ele é somente exterior, o que será revelado no Grande Dia. É possível um homem vestir a farda de soldado e não pertencer ao Exército; pois o que faz o soldado não é a farda. Assim, um homem não é filho de Deus  só pela aparência, tendo um coração orgulhoso por dentro. É a Palavra de Deus que nos revela o nosso coração e nos faz dizer: Purifica-me do meu pecado e cria em mim , ó Deus, um coração puro. Um coração não enganoso é um coração que não finge ser diferente do que realmente é. Um coração purificado e firme na sua confiança em Deus.

Rev. Adalgiso do Vale

A Promessa Ilusória de Cura

Jesus disse ao paralítico: Queres ser curado? Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar.

A Bíblia demonstra  com grande clareza a possibilidade da ocorrência de milagres e nossa experiência pastoral confirma este fato. Temos assistido a milagres em que Deus penetrou na história humana e, em dado ponto específico do tempo, realizou completa cura física, psicológica ou espiritual. Entretanto, devemos assinalar que a Escritura e a experiência mostram que, às vezes, Deus intervém milagrosamente e às vezes não. E nem sempre é questão de muita fé ou de falta dela. Deus, como ser pessoal e soberano que é, tem seus propósitos. Só pelo fato de uma pessoa não ser curada  fisicamente, não se deve presumir que houve falta de interesse de Deus. Notemos que, mesmo quando Deus elimina totalmente uma doença de uma pessoa, a saúde dela pode não ser perfeita. Conheci um pastor que foi curado de um câncer na próstata. Um diagnóstico estranho para o seu médico. Mas, depois de um ano, veio a falecer de um infarto fulminante. Não devemos levar a sério aqueles que estão prometendo curas. As consequências da queda, em razão do pecado, prosseguem até a segunda vinda de Cristo, quando, então sim, teremos a cura e a redenção total. 

Rev. Adalgiso do Vale

O Templo de Deus

"Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino"  

(2 Sm.7:13)

O templo que Davi desejava construir e que foi de fato construído por Salomão, seu filho, teria um sentido todo especial para o povo judeu, pois seria, como foi dito, o lugar onde Deus habitaria. Não havia em Israel templos, mas apenas um templo. Um só Deus, um só templo . Não há no Cristianismo, um lugar específico e único, reconhecido como uma imagem visível de nossa unidade invisível de Jesus Cristo. Salomão, foi o rei da paz, que fazia alianças e acordos com sabedoria. O templo de Jerusalém, a princípio, devia se transformar em símbolo universal e não ficar restrito ao povo judeu. Um símbolo da união de todos os povos, sob o único Príncipe da Paz. Isto se perdeu pela rejeição do Emanuel e destruição do templo. O texto base desta reflexão é mais do que uma afirmação: é também uma profecia que vai além de Salomão. Jesus Cristo fala de si mesmo como um templo (Mc 14.58). Ele assume a função da unidade, mas não mais símbolo e sim como realidade.