Os elevadores são lugares estranhos. Você fica fechado geralmente com pessoas estranhas e tenta o máximo não tocar nelas. Você não olha para ninguém, de fato, não olha para lugar algum, exceto para os números mudos dos andares. De um jeito esquisito, o elevador é um microcosmo de nosso mundo hoje - um lugar lotado, impessoal, onde anonimato, isolamento e independência são normais.
Um dos mais utilizados manuais de psicologia trata deste assunto, com o título "A idade da Indiferença". O autor afirma não conhecer nenhum assassino mais poderoso que o isolamento.
A estratégia do diabo para nossos dias é banalizar a existência humana de várias maneiras: isolando as pessoas umas das outras, enquanto cria a ilusão de que as razões são pressão do tempo, exigências do trabalho ou ansiedades criadas pela insegurança econômica.
Devemos entender tudo isso, a necessidade é urgente! Nosso Salvador é um exemplo perfeito de resposta. Ele se importou, ouviu, serviu, apoiou, incentivou e encorajou. Tocou e se manteve acessível. Andou com as pessoas, mas nunca entrou no elevador.
Rev. Adalgiso do Vale
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